terça-feira, 18 de dezembro de 2012
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
domingo, 9 de dezembro de 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Com ciência Nêga!
Põe a mão na consciência nêga!
Para casa do professor Marcos Fabrício Lopes da Silva
Conjugue o verbo Zumbi:
eu zumbi
tu palmares
ele zumbi
nós palmareseremos
vós palmaresereis
eles pasmarão
Com quantos palmares castro alvaremos a nova abolição da nova república???
Pergunta pro Sarney.
Para casa do professor Marcos Fabrício Lopes da Silva
Conjugue o verbo Zumbi:
eu zumbi
tu palmares
ele zumbi
nós palmareseremos
vós palmaresereis
eles pasmarão
Com quantos palmares castro alvaremos a nova abolição da nova república???
Pergunta pro Sarney.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Sarau Gótico, antes que o mundo se acabe na. Lagoa do Nado.
Sarau Gótico, antes que o mundo se acabe, 29/11,19h . Lagoa do Nado. Hoje!!!!!
VESPERATA
Antes que o mundo se acabe
em homens-bombas e medo
vem me amar com zelo
por dentro e por toda parte.
E em mim eu não me guarde
em nós o amor se banhe
nos engula e nos apanhe
VESPERATA
Antes que o mundo se acabe
em homens-bombas e medo
vem me amar com zelo
por dentro e por toda parte.
E em mim eu não me guarde
em nós o amor se banhe
nos engula e nos apanhe
com o veneno da vontade.
Antes que o mundo se acabe
em homens-bombas e medo
em arrogância ou desprezo
O amor me surja e me ganhe.
E refloreça e não nos falte
e desnude a cor do tempo
e se findar que seja lento
e muito mais longa a sua tarde.
Antes que o mundo se acabe
em homens-bombas e medo
O gosto desse doido beijo
Se crave na minha carne.
( Evangelista, Ricardo, in Embonral de Sons, 2006)
Antes que o mundo se acabe
em homens-bombas e medo
em arrogância ou desprezo
O amor me surja e me ganhe.
E refloreça e não nos falte
e desnude a cor do tempo
e se findar que seja lento
e muito mais longa a sua tarde.
Antes que o mundo se acabe
em homens-bombas e medo
O gosto desse doido beijo
Se crave na minha carne.
( Evangelista, Ricardo, in Embonral de Sons, 2006)
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Augusto dos Anjos (Eu estranho personagem) parte 5 (final)
LAMENTO DAS COISAS
Augusto dos Anjos
Triste a escutar, pancada por pancada,
a sucessividade dos segundos,
ouço, em sons subterrâneos, do orbe oriundos,
o choro da Energia abandonada.
É a dor da força desaproveitada
-O cantochão dos dínamos profundos,
que, podendo mover milhões de mundos,
jazem ainda na estática do nada !
É o soluço da forma ainda imprecisa . . .
Da transcendência que não se realiza . . .
Da luz que não chegou a ser lampejo . . .
E é, em suma, o subconsciente aí formidando
da Natureza que parou chorando
no rudimentarismo do desejo !
Augusto dos Anjos - Eu, Estranho Personagem (Parte 1/2)
Augusto dos Anjos escreveu alguns poemas
que relacionavam com o momento que vivia como a guerra, um deles é o
Triste Regresso, que conta a história de um soldado que foi convocado a
guerra em troca teve que deixar sua amada para atrás, e quando volta,
ela está morta.
Triste regresso
Augusto dos Anjos
Uma vez um poeta, um tresloucado,
Apaixonou-se d’uma virgem bela;
Vivia alegre o vate apaixonado,
Louco vivia, enamorado dela.
Apaixonou-se d’uma virgem bela;
Vivia alegre o vate apaixonado,
Louco vivia, enamorado dela.
Mas a Pátria chamou-o. Era o soldado,
E tinha que deixar p’ra sempre aquela
Meiga visão, olímpica e singela!
E partiu, coração amargurado.
E tinha que deixar p’ra sempre aquela
Meiga visão, olímpica e singela!
E partiu, coração amargurado.
Dos canhões ao ribombo e das metralhas,
Altivo lutador, venceu batalhas,
Juncou-lhe a fronte aurifulgente estrela,
Altivo lutador, venceu batalhas,
Juncou-lhe a fronte aurifulgente estrela,
E voltou, mas a fronte aureolada,
Ao chegar, pendeu triste e desmaiada,
No sepulcro da loura virgem bela.
Ao chegar, pendeu triste e desmaiada,
No sepulcro da loura virgem bela.
Papopoético (lista de reprodução)
SARAU DE POESIAS DA LAGOA DO NADO - o sarau
mais irreverente da região metropolitana- curadoria Ricardo Evangelista.
Homenageia dia 29/11, 19 h , o poeta paraibano Augusto dos Anjos:
(1884-1914) foi poeta brasileiro. Sua obra é original. Du
rante
sua vida, publica vários poemas em jornais e periódicos. Em 1912
publica seu único livro "EU", que assustou a caretice da crítica com seu
vocabulário grotesco e sua obsessão pela tema da morte. Em 1914, é
nomeado Diretor do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira, em Leopoldina, Minas
Gerais, onde passa a morar. onde passou seus últimos dias e morre de
pneumonia. Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos morre em Leopoldina,
Minas Gerais, no dia 12/11/1914. Além disso outra curiosidades sobre o
poeta e sua realão com Minas. Fora psicografado pelas penas do médium
Chico Xavier.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
AVÓ PRETA
Ao ser penguntada
sobre o que espera da vida
bem humorada, a avó preta,
assim respondia:
-"Só quero sombra e água fresca
botina larga,
e um jornal sem letra".
( Evangelsita, Ricardo, Mojepotara, 2004 ). Este poema foi premiado no concurso 'Poemas no ônibus de Porto Alegre, 11ª edição, ano 2003 ).
Sobre a história desse poema:
Eu passei muitas dias a conversar com minha avó sobre a sua história humilde de trabalhadora negra na lavoura. E ela me contava das dificuldades, mas principalmente das coisas fantásticas. Não era de chorar pitangas passadas. E sempre me repetia estes versos que um dia sem saber me surgiram na lembrança, já depois de ela mudar de plano. Saudades da avó preta, o colo , a comida, a generosidade , o bom humor. Ela era uma professora prática.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Augusto dos Anjos - A árvore da serra
"A árvore da serra
— As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!
— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pos almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minh'alma! ...
— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
'Não mate a árvore, pai, para que eu viva!'
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!"
Augusto dos Anjos - Psicologia de um vencido
Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!"
Sarau Gótico: Lagoa do Nado 29/11, curadoria Ricardo Evangelista. Homenagem à Augusto dos Anjos
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Amar - Carlos Drummond de Andrade
Memória
Carlos Drummond de Andrade
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
A poesia matuta de Zé Limeira
ZÉ LIMEIRA
Era conhecido como "Poeta do Absurdo".
O meu nome é Zé Limeira
De Lima, Limão , Limansa
As estradas de São Bento
Bezerro de Vaca Mansa
Valha-me, Nossa Senhora
Ai que eu me lembrei agora:
Tão bombardeando a França
Ninguém faça pontaria
Onde o chumbo não alcança
E vou comprá quatro livro
Prá estudá leiturança
Bem que meu pai me dizia:
Jesus , José e Maria,
São João das Orelha mansa
Ainda não tinha visto
Beleza que nem a sua,
De cipó se faz balaio
A beleza continua
Sete-Estrelo, três Maria
Mãe do mato pai da lua
A beleza continua
De cipó se faz balaio
Padre-Nosso, Ave-Maria,
Me pegue senão eu caio
Tá desgraçado o vivente
Que não reza o mês de maio
Sei quando Jesus nasceu,
Num dia de quinta-feira,
Eu fui uma testemunha
Sentado na cabeceira
São José chegou com um facho
De miolo de aroeira
Um dia o Reis Salamão
Dormiu de noite e de dia,
Convidou Napoleão
Pra cantá pilogamia
Viva a Princesa Isabé
Que já morô em Sumé
No tempo da monarquia
Zé Limeira quando canta
Estremece o Cariri
As estrêla trinca os dente
Leão chupa abacaxi
Com trinta dias depois
Estoura a guerra civí
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Tico-tico (Patativa do Assaré) - Homenageado no Panderolê e ao mês do Saci 2012
"Fico muito triste, muito triste fico
Quando triste penso no meu tico-tico
Porque de alimento eu não tinha um tico
E o pobre com fome, quando abria o bico
Eu tinha vontade de ser muito rico
Para não ver sofrendo o meu tico-tico.
Ate que uma noite ouvi um fuxico
Quando olhei pra perto do pilão de angico
Vi o gato preto do seu Manuel Chico
Rosnando e comendo o meu tico-tico."
Quando triste penso no meu tico-tico
Porque de alimento eu não tinha um tico
E o pobre com fome, quando abria o bico
Eu tinha vontade de ser muito rico
Para não ver sofrendo o meu tico-tico.
Ate que uma noite ouvi um fuxico
Quando olhei pra perto do pilão de angico
Vi o gato preto do seu Manuel Chico
Rosnando e comendo o meu tico-tico."
PANDEROLÊ
2012 na Lagoa do Nado - valorizando a cultura da criança - OFICINA DE
POESIA FALADA E JOGOS LITERÁRIOS- 9 às 11 h - LOCAL: BOSQUINHO E
BIBLIOTECA. Descubra sua voz poética! Incentivo a leitura com prazer. Em
seguida acontece a PERFORMANCE POETICA
"SACIÓLOGO".- local: GALPÃO - Através de versos, brincadeiras, "AULA
ESPETÁCULO" o poeta e performer Ricardo Evangelista, homenageia o mês
Saci à Patativa do Assaré. Mais: 32777420.
A Triste Partida
PANDEROLÊ - 14 ANOS DE VALORIZAÇÃO DA CULTURA DA CRIANÇA
Homenagem à Patativa do Assaré - 12/10/2012. - ENTRADA GRATUITA
OFICINA DE POESIA FALADA E JOGOS LITERÁRIOS
Coordenação: Ricardo Evangelista
DURAÇÃO 2 h - 9 às 11 h
LOCAL: BOSQUINHO E BIBLIOTECA
Quantidade: máximo 20
Introdução
à linguagem poética. Descubra sua voz poética. Incentivo a leitura,
audição, fala e memorização de poesias. Através de jogos em madeira e
brincadeiras lúdicas estimula-se a leitura com prazer
PERFORMANCE POETICA "SACIÓLOGO".- BOSQUINHO E BIBLIOTECA/GALPÃO
Através
de versos, brincadeiras, "AULA ESPE´TÁCULO O" o poeta e performer
Ricardo Evangelista, homenageia o mês Saci, dia do Saci ( 31/10) e o
poeta cordelista Patativa do Assaré,
DURAÇÃO:2h - 9 às 11 h
Público crianças de todas as idades
Quantidade: máximo 50
Fone: 327777420
Sobre Ricardo Evangelista
Poeta,
com 3 livros lançados e 01 cd de poesia e múscia, letrista,
percussionista, sociólogo e “saciólogo”, performance, pesquisador de
cultura brasileita, produz/planeja e atua na área de formação há 07
anos, do Centro de Cultura Lagoa do Nado-órgão da Fundação Municipal de
Cultural ( celeiro de referência da luta cultural e ambiental de BH e
Minas). Tem 19 anos como trabalhador da Prefeiturade BH. Coordenador de
pesquisa, e mobilizador sócio-cultural, Ricardo Evangelista, neto de
tropeiro, foi idealizador e pesquisador do projeto de etnomusicologia
“Memorial Família Guiga” (2005), e vem ao lado da cantora e compositora
mineira, Sueli Silva, natural de Arcos, fazendo arte e pesquisa.
Desenvolve há 08 anos um belo trabalho de música, poesia, performance,
oralidade e pesquisa cultural sobre o tropeirismo em Minas Gerais
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Sarau de Primavera e plantio de árvores no dia 27/9/12
fotos arquivo Sarau Lagoa do Nado - 2012 |
Eles também ajudaram a criar o Sarau da Poesia, que este ano comemora 12 anos de lirismo.
fotos arquivo Sarau Lagoa do Nado - 2012 |
Fizemos o plantio de árvores e á noite soltamos versos floridos, sob a luz linda de uma lua cheia.
fotos arquivo Sarau Lagoa do Nado - 2012 |
Estes
artistas, são personagens atuantes na cultura da região metropolitana,
ativistas da arte e das causas ambientais e humanas há muitos anos.
|
fotos arquivo Sarau Lagoa do Nado - 2012 |
fotos de arquivo do Sarua de Poesias 2008 |
Aproveitem o o Sarau da Lago do Nado, ninguém sabe o que pode acontecer amanhã. .
Curadoria: Ricardo Evangelista
Valeu, poetas de fina estirpe!!
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Leiam algumas quadras/desafios da aluna Maria Aparecida Rodrigues Gomes ( EJA Lídia Angélica )
Algumas quadras/versos da aluna Maria Aparecida Rodrigues Gomes, que foram lembradas e declamadas na vivência poética OFICINA POESIA FALADA E JOGOS LITERÁRIOS na EJA, E. M. Lídia Angélica, 28/8/2012. Estas quadras surgiram a partir de dinâmicas que trabalham a memória dos alunos. Esta aluna rememorou versos de sua infância e recitou para o grupo. Hoje é uma mãe de família que voltou a estudar depois de muitos afastada da escola.
"Lá
de trás daquele morro
tem
um prato de biscoito
quem
mexer com meu benzinho
leva
bala 38
Eu
subi no céu em vida
perguntei
São Benedito
Será
se é pecado
namorar
rapaz bonito?
Você
diz que bala mata
bala
não mata ninguém
a
bala que eu sei que mata
é
óleo do meu bem.
Minha
mãe me xingou feia
Eu
xinguei ela bonita
Minha
mãe é uma rosa
Eu
sou um laço de fita.
Que
menino bonitinho
camisinha
de amorim
Deus
lhe pague a sua mãe
que
criou você pra mim.
Lá
do céu já vem caindo
três
cartinhas de A.B.C
A
do meio já vem dizendo
que
eu só caso é com você.
Minha
mãe me deu uma surra
com
cipó de cansação
Eu
chorei a noite toda
com
a dor no coração.
Minha
mãe quando eu morrer
me
enterra no chapadão
deixa
meus braços de fora
com
meu retratinho na mão.
Quem
quiser cantar comigo
lava
a boca com sabão
Com
a boca sem lavar
pois
você não canta não.
Lá
de trás daquele morro
tem
um pé de pimentinha
todas
as vezes que eu passo lá
eu
pego uma madurinha.
Menino
dos olhos verdes
olhos
verdes matador
Se
eu morrer por esses dias
foi
seus olhos que me matou."
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Era manhã de setembro - Carlos Drummond de Andrade
Era manhã de setembro
e
ela me beijava o membro.
Aviões e nuvens passavam
coros negros rebramiam
ela me beijava o membro.
O meu tempo de menino
o meu tempo ainda futuro
cruzados floriam junto
Ela me beijava o membro
Um passarinho cantava,
bem dentro da árvore, dentro
da terra, de mim, da morte
Morte e primavera em ramo
disputavam-se a água clara
água que dobrava a sede
Ela me beijando o membro
Tudo o que eu tivera sido
quando me fora defeso
já não formava sentido
Somente a rosa crispada
o talo ardente, uma flama
aquele êxtase na grama
Ela a me beijar o membro
Dos beijos era o mais casto
na pureza despojada
que é própria das coisas dadas
Nem era preito de escrava
enrodilhada na sombra
mas presente de rainha
tornando-se coisa minha
circulando-me no sangue
e doce e lento e erradio
como beijava uma santa
no mais divino transporte
e num solene arrepio
beijava beijava o membro
Pensando nos outros homens
eu tinha pena de todos
aprisionados no mundo
Meu império se estendia
por toda a praia deserta
e a cada sentido alerta
Ela me beijava o membro
O capítulo do ser
o mistério do existir
o desencontro de amar
eram tudo ondas caladas
morrendo num cais longínquo
e uma cidade se erguia
radiante de pedrarias
e de ódios apaziguados
e o espasmo vinha na brisa
para consigo furtar-me
se antes não me desfolhava
como um cabelo se alisa
e me tornava disperso
todo em círculos concêntricos
na fumaça do universo
Beijava o membro
beijava
e se morria beijando
a renascer em dezembro
e
ela me beijava o membro.
Aviões e nuvens passavam
coros negros rebramiam
ela me beijava o membro.
O meu tempo de menino
o meu tempo ainda futuro
cruzados floriam junto
Ela me beijava o membro
Um passarinho cantava,
bem dentro da árvore, dentro
da terra, de mim, da morte
Morte e primavera em ramo
disputavam-se a água clara
água que dobrava a sede
Ela me beijando o membro
Tudo o que eu tivera sido
quando me fora defeso
já não formava sentido
Somente a rosa crispada
o talo ardente, uma flama
aquele êxtase na grama
Ela a me beijar o membro
Dos beijos era o mais casto
na pureza despojada
que é própria das coisas dadas
Nem era preito de escrava
enrodilhada na sombra
mas presente de rainha
tornando-se coisa minha
circulando-me no sangue
e doce e lento e erradio
como beijava uma santa
no mais divino transporte
e num solene arrepio
beijava beijava o membro
Pensando nos outros homens
eu tinha pena de todos
aprisionados no mundo
Meu império se estendia
por toda a praia deserta
e a cada sentido alerta
Ela me beijava o membro
O capítulo do ser
o mistério do existir
o desencontro de amar
eram tudo ondas caladas
morrendo num cais longínquo
e uma cidade se erguia
radiante de pedrarias
e de ódios apaziguados
e o espasmo vinha na brisa
para consigo furtar-me
se antes não me desfolhava
como um cabelo se alisa
e me tornava disperso
todo em círculos concêntricos
na fumaça do universo
Beijava o membro
beijava
e se morria beijando
a renascer em dezembro
Meninos - Juraildes da Cruz
Sarau especial de Primavera, dai 27/9/12, às 19 h, na Lagoa do Nado-BH/MG. Curadoria: poeta Ricardo Evangelista.
Riacho de Areia-Beira-Mar, por Dércio Marques (05/04/2012)
No dia 27/9/12, às 16:30h , tem o plantio das árvores, em homenagem aos poetas e demais artistas que passaram pelo Sarau de Poesias, nestes 12 anos de lirismo da nossa Lagoa do Nado. Venha e plante sua história!!
terça-feira, 18 de setembro de 2012
“UM POEMA MATUTO DE POMPÍLIO DINIZ”
Seu dotô, pras nossas banda,
Quando é tempo de inleição
Os candidatos é quem manda
Dá comida e condução…
E todos que vão votar
Come inté arripuná
Carne de porco e pirão.
Quando é tempo de inleição
Os candidatos é quem manda
Dá comida e condução…
E todos que vão votar
Come inté arripuná
Carne de porco e pirão.
Aqui só tem dois partido
O governo e a opusição
O resto é desconhecido
Que o cabra queira ou qui não
Tem qui iscuiê um dos dois
Pra puder votar, dispois
No dia da inleição.
O governo e a opusição
O resto é desconhecido
Que o cabra queira ou qui não
Tem qui iscuiê um dos dois
Pra puder votar, dispois
No dia da inleição.
Porém nenhum deles presta
Nem se conhece esses home.
Também nós vamo é pra festa
Tira a barriga da fome.
Dispois, votá pru votá
Do voto que a gente dá
Só se aproveita o que come.
Nem se conhece esses home.
Também nós vamo é pra festa
Tira a barriga da fome.
Dispois, votá pru votá
Do voto que a gente dá
Só se aproveita o que come.
Foi purisso qui Vicente
Nesta última inleição
Cumeu de ficar doente
Carne de porco e pirão
Sarapaté e chouriço
E depois cum sacrifiço
Foi votar na opusição.
Nesta última inleição
Cumeu de ficar doente
Carne de porco e pirão
Sarapaté e chouriço
E depois cum sacrifiço
Foi votar na opusição.
E quando chego na hora
Dele ir pras urna votar
O pobe quis ir lá fora
Pra puder se aliviar
Mas o tá do presidente,
Começou a chama Vicente
E mandou logo ele entrá.
Dele ir pras urna votar
O pobe quis ir lá fora
Pra puder se aliviar
Mas o tá do presidente,
Começou a chama Vicente
E mandou logo ele entrá.
E dixe pra ele: assine
Seu nome nesse papé
Dispois entre na cabine
E vote lá em quem quisé
Num percisa afobamento
Mas num demore lá dento
Pru que os ôto também qué.
Seu nome nesse papé
Dispois entre na cabine
E vote lá em quem quisé
Num percisa afobamento
Mas num demore lá dento
Pru que os ôto também qué.
Aí Vicente assinô
O qui tinha de assiná
E se torcendo de dor
Sem puder mais nem falá
Mostra o tito se privine
Fecha a porta da cabine
E, aí, começa a votá.
O qui tinha de assiná
E se torcendo de dor
Sem puder mais nem falá
Mostra o tito se privine
Fecha a porta da cabine
E, aí, começa a votá.
Lá na mesa o presidente
Mandando o povo calá.
Toca a esperá pru Vicente
Toca Vicente a custá
Já fazia meia hora
E o pessoá lá de fora
Se danô a reclamar.
Mandando o povo calá.
Toca a esperá pru Vicente
Toca Vicente a custá
Já fazia meia hora
E o pessoá lá de fora
Se danô a reclamar.
Diz um fazendo chacota
Seu fiscá, oi a demora
Esse home vota ou num vota
Diz ôto. Vamo imbora
A urna é só pra Vicente
O peste do presidente
Num bote o homem pra fora.
Seu fiscá, oi a demora
Esse home vota ou num vota
Diz ôto. Vamo imbora
A urna é só pra Vicente
O peste do presidente
Num bote o homem pra fora.
E pra num havê revorta
Foi de pressa o presidente
Batê cum força na porta
Da cabine do Vicente
Dispois de muitas batida
Uma voz grossa, isprimida
Falô de dento: – Tem gente!.
Foi de pressa o presidente
Batê cum força na porta
Da cabine do Vicente
Dispois de muitas batida
Uma voz grossa, isprimida
Falô de dento: – Tem gente!.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
- Oficina de Poesia Falada e Jogos Literários na Lagoa do Nado - O Haver - Vinicius de Moraes (participação de Edu Lobo)
Oficina de Poesia Falada e Jogos Literários na Lagoa do Nado, dia 18/9, às 13:30 h , com Ricardo Evangelista incrições gratuitas pelo 32777420. Descubra a sua voz poética.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
OFICINA DE POESIA FALADA E JOGOS LITERÁRIOS
Saciólogo em ação - arquivo Sarau Tropeiro 2012 |
Sobre a vivência poética: Acredito que foi uma grande oportunidade dos
alunos de perceberem que a poesia está não só no papel, na escrita, mas
em toda parte. Essa vivência poética é uma forma de ajudar as pessoas a
perceber o mundo não só pela razão (como somos bombardeados a pensar
todos os dias), mas também pela sensibilidade. Com a oficina abre-se
para o aluno um novo horizonte para ele perceber a poesia em seu
dia-a-dia, além de olhar para o livro e perceber que ele é muito mais
que um objeto e sim uma ponte para novos saberes e sabores.
Saciólogo em ação - arquivo Sarau Tropeiro 2012 |
A turma só tem a te agradecer e para isso resolveu fazer duas trovinhas como forma de agradecimento:
"Obrigado Ricardo Sociolouco
Alegria nos proporcionou
Você é um grande caboclo
Em nosso coração ficou."
"Obrigado seu poeta
por tudo que nos diz
por isso cumpriu a meta
de nos fazer feliz".
Por prfessora Valéria Oliveira, sobre OFICINA DE POESIA FALADA E JOGOS LITERÁRIOS, para EJA, E. M. Lídia Angélica, 28/8/2012,
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
OFICINAS DE POESIA FALADA E JOGOS LITERÁRIOS
Ontem, 28/8, saciólogo atuando na E.M. LÍDIA ANGÉLCA., oficina de poesia falada para o EJA, turno da noite.Valeu EJA, professos Valéria Oiveira, Estela da biblioteca, rosane Pires e toda escola.
foto por arquivo Sarau Tropeiro - agosoto 2012 |
foto por arquivo Sarau Tropeiro - agosoto 2012 |
foto por arquivo Sarau Tropeiro - agosoto 2012 |
foto por arquivo Sarau Tropeiro - agosoto 2012 |
foto por arquivo Sarau Tropeiro - agosoto 2012 |
sábado, 25 de agosto de 2012
O que é Saciologia?
Saciologia: é o estudo das manifestações do universo sacizaico ou sacizônido brasileiro. Nossas pesquisas saciológicos objetivam entender como anda nossa habilidade, criatividade, imaginação e nível de espírito e humor sacizístico. Que diga-se de passagem vem diminuindo gradativamente. Será que tá faltando massa sacinzenta?
Nossa pesquisas empíricas saciológicas, são realizadas na rua, em espaço público, no contato com as pessoas, conversando, observando, intereagindo, entrando em contato, entrevistando a pessoa real, na boa, na paz, ao vivo, ali agora, em pele, osso e ócio e riso e surpresa.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Sarau da Lagoa do Nado
Sarau da
Lagoa do Nado – 12 ANOS DE LIRISMO
por Ricardo
Evangelista, curador do sarau.
Há !2
anos poetas, amantes da poesia, estudantes, jovens e pessoas de todas as idades
se reúnem para soltar o verso nas noites das últimas quintas feiras de março a
novembro. Pra quem não sabe dessa bela história, o Sarau da Lagoa do Nado
completa 12 anos de existência e é uma das iniciativas artisticas culturais
mais duradouras, que promovem a leitura e manifestação poética nesses 20 anos
do Centro Cultural Lagoa do Nado.
Foto arquivo Sarau Tropeiro junho 2012 |
Caracterizando-se
como uma referência de espeço para a manifestação da arte poética, através de
performances, pockets shows, lançamento de livros, shows poéticas musicais,
leitura de poesia, recitais, declamações, da cidade de BH e região
metropolitana.
O ganhou o
apelido de “ESTAÇÃO PERMANENTE DA POESIA” pelos poetas que passaram a
frequentar. Criado em maio de 2000, por intermédio da inciativa de Wal Souza (
funcionária do CCCLN) e poetas do vetor norte como: Marco LLobus, Rogério
Salgado, Ricardo Evangelista, Seu Ribeiro, Sônia Stheling, Evandro Nunes, Priscila Borges, Vinícius Carvalho, Gibran Muller, Thibau, Agnes, Hamilton-ton, e
tantos outros nomes importantes.
O que se
sabe, são livros, poemas, canções e lirismo que vem encantando quem participa
da atividade. Aqui, alguns nomes de poetas que passaram por nossas noites de
lua e lirismo: Makely Ka, Renato Negrão, Clevane Pessoa Ronald Claver, Diovani
Mendonça, Marcos Fabrício Lopes da Silva, Gonzaga Medeiros e muito mais.
O Sarau da
Lagoa do Nado é aberto ao público, gratuito e toda pessoa interessada pode
participar. Escolas e estudantes podem agendar visita que serão sempre bem
vindos. A curadoria atual do projeto fica a cargo do poeta e saciólogo Ricardo
Evangelista que há 7 anos é o curador e o coordenador dessa atividade, sempre
com muita disposição, poesia e bom humor.
Eexcepcionalmente,
o sarau desse mês de agosto, acontecerá no dia 25/8 às 19h, no espaço “Fogão à
lenha”, dentro da Programação da 1ª Jornada Cultural Lagoa do Nado, onde
receberemos poetas que ajudaram a construir parte dessa bela história de 20
anos de arte e ecologia.Se achegue poetas de BH e de Minas, a casa é nossa!!
Para mais
info: (31)32777420 com Ricardo Evangelista.
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Jornada Cultural e Ecológica Lagoa do Nado 20 anos – Abrace essa história
A JORNADA
CULTURAL ECOLÓGICA DA LAGOA DO NADO – 20 anos, acontece no Parque Lagoa do Nado Dias 25 e 26/8/12.
No dia 25/8 ás 19 h -Local: Fogão à Lenha. Curadoria: Ricardo Evangelista - Sarau de Poesias especial 12 anos - Projeto que tem 12 anos e foi criado por min e vários poetas do Vetor Norte de BH.
Em breve postarei aqui as entrevistas do Programa JORNADA CULTURAL ECOLÓGICA LAGOA DO NADO, que apresento.
Acesse site e veja detalhes da programação e muto mais: http://jornadacultural.com.br/wp/
Escreveram sobre os jogos poéticos do Sarau Tropeiro
“Os
jogos com rimas ( “jogo da velha literata” e o “quebra cabeça de trova” ),
procuram desenvolver a capacidade oral, buscando reconhecer as unidades
fonológicas como: sílabas, rimas e terminações de palavras. Ao
trabalhar com estes jogos o aluno participa ativa e efetivamente com atenção e
interesse, despertando a criatividade e construindo o conhecimento linguístico
e incentivando atitudes favoráveis à leitura.”
Por
Grace Evangelista – Professora do ensino fundamental da Rede Pública Estadual/MG.
sábado, 4 de agosto de 2012
Jogos poéticos do Sarau Tropeiro na Lagoa do Nado
Jogos poeticos na Lagoa do Nado. foto por Lucas Quites-2012. |
Vejam o "Jogo da velha literata" e o "Quebra cabeça de trova". Inventos criados por mim e elaborado em parceiria com George Almeida (2012).
Foto arquivo Sarau Tropeiro-2012 |
É um recurso lúdico para crianças de todas as idades aprenderem rimar brincando. Sempre presente nas vivências poéticas, oficinas de poesia e jogos poéticos do Sarau Tropeiro.
Foto arquivo Sarau Tropeiro-2012 |
quarta-feira, 25 de julho de 2012
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Agenda da Poesia no Centro Cultural Lagoa do Nado julho 2012
Agenda da Poesia no Centro Cultural Lagoa do Nado julho 2012 - 20 anos de arte e ecologia!
Dias 24 e 31/7 - Oficina de Poesia Falada para
crianças, a partir de 9 anos - com o poeta e saciólogo Ricardo
Evangelista, 13:30 h às 15:30 h . A partir de 9 anos.
Objetivo da oficina: Despertar a voz poética de cada participante. Sensibilizar para a arte poética. Através de viivências
poéticas, musicais, jogos poéticos ( em madeira ), estimulamos a expressão poética e a brincadeira com as palavras.
Incrições gratuitas pelo fone (31) 32777420
Dia 26/7 - Sarau de inverno - Trata-se de um Sarau Especial em volta do fogão à lenha . Objetivo possibilitar que poetas e amantes da poesia se encontrem para expressar seus versos e os versos de putros poetas. Curadoria: poeta e saciólogo Ricardo Evangelista. !9 h
Incrições gratuitas pelo fone (31) 32777420
Dia 26/7 - Sarau de inverno - Trata-se de um Sarau Especial em volta do fogão à lenha . Objetivo possibilitar que poetas e amantes da poesia se encontrem para expressar seus versos e os versos de putros poetas. Curadoria: poeta e saciólogo Ricardo Evangelista. !9 h
Info: (31) 32777420
Local: Centro Cultural; Lagoa do Nado/BH - R. Ministro hermenegildo de Barros, 904 B. Itapoã/BH/MG
ENTRADA GRATUITA - inscrições para oficinas e a participação no sarau são totalmente gratuitas.
Mais info: (31)32777420 - ou no fone oi - (31)96920283 com Ricardo Evangelista
terça-feira, 17 de julho de 2012
Gravação da faixa "Brasileirando" - cd Rastro 2012
Foto por Sueli Silva - 2012 |
Bom dia Buracolândia! Gravação da faixa "Brasileirando", do novo cd
"Rastro", do Sarau Tropeiro, onde gravei pandeiro e voz na companhia
luxuosa de Dokttor Bhu.
|
Um rap-repente dubom! Aguardem!Na foto dia
14-7-12, estúdio "Austero", Casa do Dokttor- Venda Nova/BH, por Sueli
Silva. Valeu Dokttor..
|
Viva a arte que aproxima diferentes.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Sarau Tropeiro em Santa Luzia, no Solar da Baronesa
Sábado, no Solar da Baronesa, na cidade natal de meu avô paterno, Santa Luzia, o Sarau Tropeiro, realizou mais uma bela e emocionante "Vivência poética, musical e lúdica", com a participação de crianças entre 7 e 17 anos e muitos brincantes.
Foto por Sueli Silva - arquivo Sarau Tropeiro - ensinando o "jogo da velha literata" |
Valeu ART 22, gostamos por demais!!
A proposta do Sarau Tropeiro é brincar ensinando e e ensinar brincando, poetizando e cantando.
O "jogo da velha literata" e o "quebra cabeça de trova" são oportunidades lúdicas para dispertar crianças de todas as idades para o prazer da arte poética da palavra.
Foto de arquivo Sarau Tropeiro ( Ricardo preparando início da vivência ) - Santa Luzia/MG |
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Jogo da Velha Literata, Quebra Cabeça de Trova e Outras Traquinagens..
Por Marcos Fabrício Lopes da Silva, poeta, jornalista e doutorando em literatura pela UFMG.
Os amargos alegam que o jogo é só mais
uma alienação. Os doces comprovam que o jogo se desenha como forma divertida de
saborear o mundo. Achados pedagógicos buscam essa energia. É o caso do “jogo da
velha literata”, do “quebra cabeça de trova” e de outras traquinagens boladas
pelo poeta, educador e saciólogo Ricardo Evangelista.
Foto por Lucas Quites - |
Em demonstração para
Escola Municipal Hélio Pellegrino, foi possível acompanhar a montagem rítmica
proposta pela gurizada que se permitiu a poetizar em um dia bastante ensolarado
de ideias e sentimentos, na Lagoa do Nado. Entre o “X” e “O” do jogo da velha
convencional, outras letras entraram na roda, permitindo o reconhecimento do
alfabeto “brincando” e a sonoridade das palavras “encantando”. Aquele
quebra-cabeça sem saída se transformou em estradas infinitas pela fantasia
aflora. O movimento poético desta sintonia literária se apresenta como um
exemplo rico que transcende as páginas de Homo ludens (1938), escrito por Johan
Huizinga, e se envereda antropoligacamente nas lições de Roberto DaMatta e Elena
Soáres, presentes em Águia, burros e borboletas (1999).
Texto na íntegra.
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