quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CHICO LOBO , CAIPIRA DO BRASIL E DO MUNDO

O mundo que Chico Lobo, mineiro de São João Del Rei, nos mostra no novo trabalho musical é uma opção pelo diálogo com o pluralismo cancional e poético do Brasil e um pouco das muitas vivências com a viola de Portugal. Como disse o próprio Chico, no encarte do novo CD “Caipira do Mundo” , trata-se de uma “nova etapa” em sua carreira, que esteve nesses anos, fortemente vinculada a música “regional”. Já na capa, vemos um Chico ao lado de uma arte de grafite , feita em São Paulo, mostrando que o “caipira” está em sua travessia por outros mundos. Abaixo os guetos estéticos, poderiam ter escrito na imagem os artistas dessa imaginativa arte urbana popular. Chico vem cheio de Brasil ou brasis e que por isso mesmo conversa com a poesia de norte a sul, demonstrando a capacidade dos bons mineiros em saber conversar com o outro, se deixar influenciar, processar a influência e criar sua própria percepção sem perder a essência. Quem sabe e gosta do que é não tem medo de dialogar com o outro. Poderíamos dizer que ao modo tropeiros de tempos “passados”, Chico tece um caminho levando no embornal sua viola para comunicar aquilo que aprendeu ao longo dessas décadas. Chico, destemido, se nutre de poesia dos parceiros poetas do Oiapoque ao Chuí. Em “Caipira do mundo”, vemos um Chico atento com o restante do Brasil, sem largar mão de sua viola, companheira de estrada, e como um tropeiro que se preza, sabe quanto é importante viajar por outros mundos e depois trazer as histórias e os aprendizados novos para casa. Logo na primeira faixa musical “A mais difícil opção”, com letra da poeta paranaense Alice Ruiz, revela-se a como é importante em toda profissão e na vida fazermos tudo com amor, e que para isso é preciso suor e trabalho, e acrescento a ética para que o mérito venha por merecimento e não por indicação. Pensando na peleja de artista e de povo brasileiro sabemos o tanto que é necessário ter de amor, suor diário, perseverança e paciência para seguir nossos caminhos. Em “Caipira do Mundo”, são 13 faixas. E trouxe sorte!  Inicia com Alice Ruiz, passando no segundo momento, no meu entender, por um dos maiores letristas da música popular da atualidade, coincidentemente, o xará paraibano Chico César. Artista inventivo que mesmo com todo reconhecimento não perde o compromisso com sua arte, além de ser um conhecedor desses muitos brasis e de parte do mundo. Nessa caipiríssima toada, as violas de Chico, choram as “Tristeza do Culto”, bem ritmada e pontuada, adornada de certa melancolia, advinda de certos terríveis desvendamento que o saber nos traz. Seria talvez, um paralelo com Raul Seixas, “pena não ser burro, não sofria tanto” –  para Chico Cesar: “Ô tristeza.../ é o conhecimento/se eu não soubesse/ai ai meu deus/nessa vida eu não sofria”. E ainda arremata Chico Lobo, pra quem está atento, “a ignorância é mãe da felicidade”.Na continuação da travessia, Chico volta para Minas. Com a letra bem talhada pelo poeta Ricardo Aleixo, nos revela a fé do caminheiro, mineiro e brasileiro de tantas misturas, na poesia, na cor, que mesmo com tropeços nas pedras do caminho o que “a vida quer da gente é coragem”, como diria Guimarães Rosa. Em seguida vem “Canto a cântaros”, Onde Chico põe viola e voz na poesia de Sérgio Natureza, conhecido letrista carioca tijucano, parceiro de Paulinho da Viola e Tunai e Lenine. Escutamos então, o ponteio da viola em companhia do belíssimo clarinete de Paulo Sérgio Santos. Uma aula de canção para essas duplas “néo-caipiras” que surgem aos borbotões por aí, que não criam nada, mas são boas cópias fiéis da mesmice mercadológica repetitiva e sem graça que entopem as rádios dos pampas ao Acre. No quinto pouso encontramos “Pássaro de rima”, outra canção da poesia popular das melhores heranças do Brasil nordeste. É feita em cima de letra do pernambucano Siba, “cabra dos bons”, exímio plantador de rima da música brasileira da atualidade e, também conta com a preciosa e inconfundível sonoridade da Banda de Pau e Corda. Ter no time essa moçada não é para qualquer um. Daí em diante, Chico emenda a dengosa e animada “Morena de Minas”, feita na medida pelo maranhense Zeca Baleiro, já afamado cantor e compositor, conhecedor das estradas e trilhas de Minas, pois conviveu por algum tempo em Belo Horizonte, ali no reduto artístico do bairro Primeiro de Maio, zona norte de Belo Horizonte, e que na certa vai animar muito show do Chico por esses Brasis. Logo depois, Chico nos presenteia com o diamante: “No fio do olhar”. Letra belíssima de Verônica Sabino, a canção fala em claro e bom tom: o que vale é a verdade! Tão fora de moda da vida política do pais. Nessa faixa Chico Lobo recorta com uma balada e ainda de lambuja convida pra cantar, ninguém menos, que o grande Zé Geraldo, com sua voz marcante e sinceridade emotiva, aliás, característica de sua história como artista, avisando: “alma da verdade é o coração que vê primeiro” e o “que se leva dessa vida não se compra com dinheiro”. Fico imaginando que se as política das rádios difusoras (principalmente públicas), fossem um pouco diferente, na certa, arrebentaria Brasil afora. Na oitava faixa que escutamos “Eu ando muito cansado”, letra do poeta paulista Arnaldo Antunes. Chico canta a triste constatação de que o aumento da capacidade de gerar informações, nesses tempos de “tropeirautas”, fez a gente escravo de ter de “saber tudo”. Outra balada, cheia de sentimento, recolhida ao longo do caminho sonoro é a “Quando falta o coração”, parceria com outro mineiro, Vander Lee. Nela, Chico reafirma a necessidade de se colocar sentimento na condução da vida. Logo depois sucede a “No fim da rua”, a arquitetura da letra é do experiente nordestino e brasileiro, Fausto Nilo, que nos traz uma cantiga  comovida e delicada para embalar a dor das despedidas. Depois, na faixa 11, a parceria também bem sucedia com o sempre criativo compositor Maurício Pereira, paulistano bom de pena, que traz ainda a participação de Zeca Baleiro que não conseguiu se segurar só na letra, mas que também nos deu a hora da cantoria – essa fala de um sonho ainda distante – o Brasil com farra, trabalho e justiça.  Na “Cantata”, escrita pelo sulista Vitor Ramil, encontramos uma moda de viola liricamente bucólica e bem encaixada com a boa letra. Por fim, no caminhar de Chico Lobo, ouvimos o instrumental de viola em “Dois rios”, música dos mineiros Samuel Rosa, Lô Borges e o paulistano Nando Reis. Sempre achei criativa, bonita e audaciosa a atitude de um violeiro executar na viola uma canção que não seja originariamente do seu universo cancional. Nesse mundo da arte e da vida, repletos de preconceitos soa como uma atitude madura e carinhosa. Quem sabe o “caipira mineiro”, talvez tenha alguma coisa pra ensinar ao mundo sobre a elegância, a singeleza e o respeito ao outro? Em falta na vida nacional e no planeta: DIFERENÇA NÃO É DISTÃNCIA/É PRECISO HAVER TOLERÃNCIA/COM A OUTRA PONTA DO PONTO NO OUTRO PONTO DE VISTA.  Destaco ainda o competente trabalho rítmico e percussivo, ao longo do CD, de Guilherme Kastrup e parabéns à Rossana Decelso pela ideia e a direção artística. Como digo lá em casa: “se achegue, assente-se e ouça com o coração”, que a viagem de Chico tem a boa e imprescindível companhia dos poetas.


            Texto: Ricardo Evangelista, poeta - dueto musical poético Sarau Tropeiro de Belo Horizonte/MG.
            Agosto de 2011.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

AGENDA SETEMBRO

Dia 01 e 02 de setembro/2011
HORÁRIO: 9: às 11:30 h
LOCAL: ESCOLA ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS - no BARREIRO/BH/MG, FONE:33845082
 Estarei participando da gravação da TV ESCOLA - O CANAL DA EDUCAÇÃO, na OFICINA DE POESIA, dentro do PROJETO PÃO E POESIA, criado e coordenado por DiovvanI Mendonça. Depois conto aqui,  para todos vocês, como foram as vivências poéticas,  que desenvolvo há alguns anos, e, sobre dinâmicas individuais e coletivas, que uso para estimular o gosto pela poesia, o hábito da leitura,  a produção textual poética,  e também, o falar e o memorizar poesia e como utilizo a canção popular e folclore para mostrar brincadeiras com as plavras.. Isso aí pessoal: muito ritmo, pausa e entonaçãoe leitura e escrita.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Curso de Interferências urbanas com Paola Rettore - um pouco do que aconteceu

Entre os dias 16 e 19/8/2011, semana passada, realizamos um belo e muito proveito trabalho de formação no curso de de 20 horas, com Paola Rettore, oferecido pela FUNARTE/M, alí no bairro Floresta, próximo à praça da Estação. O curso de Interferência Urbana teve a condução e boa metodologia e de Paola Rettore. Tudo foi muito importante para quem trabalha em performance se utiliza dessa presença corporal em cena. Paola Rettore ( com larga experiência - inclusive com o grupo 1 ª Ato e Klaus Viana ),  conduziu com maestria, simpatia, competência e com uma tranquilidade de quem sabe e gosta do que faz. Os 4 dias passaream rápido, com ela compartilhando um bocado da sua bagagem cultural e artistica conosco, além de nos indicar livros interesantíssmose e filmes -  com certeza vou ler - e nos ensinou várias exercíciso e dinámicas corporais, nos revelando um pouco dos caminhos, da história e da produção contemporãnea da arte de performance. Interessasnte a diversidade de alunos, de diversas áreas elugares da cidade, o que possiblitou uma troca e um apreendizado mútuo valiosíssimo. Parabéns aos servidores da FUNARTE que selecionaram este grupo com muita lisura e de forma meritocrática. Enceramos o curso no dia 19/8, ao meio dia, na hora do rush, com uma pequena interferência performática em plena praça da estação. Apresentei um pouco de minha pesquisa sobre o palhaço brasileiro ( malabarismo de pandeiro aprendido com mestre Linguinha ), que desenvolvo há alguns anos ( sem uso da voz ), o que para mim foi um desafio e tanto, causando muita curiosidade por parte da população frequentadora da praça. Viva arte de rua de Belo Horizonte. Valeu FUNARTE, obrigado PAOLA, de novo, e a todos os colegas que partiiparam com assiduidade do curso e cumpriram o compromisso de levar até o fim. Parabéns pelo comprometimento, afinal é dinheiro público né gente? Acredito que cursos dessa qualidade e oferecidos gratuitamente, são de suma importância e só estimulam a arte da performance em Minas, para além de quaiquer privilégio. Isso é democratização e fomento do fazer artistico que dá certo!  
Texto: Ricardo Evangelista

sábado, 13 de agosto de 2011

1º Sarau Tropeiro de poesia virtual - edição agosto


A memória é uma das virtudes mais importantes da inteligência humana. Felizes daqueles que a cultiva e faz do seu poder a grande arma contra as mentiras, falseamentos e esquecimentos vis nessa terra dos engôdos. Homenageio meu pai, José Isabel Evangelista, morto de parada cardíaca de descaso e desrespeito há 10 anos, em plena fila de um posto de saúde de Belo Horizonte. Dedico esse Sarau de Agosto a sua memória e ao mês do folclore. Viva a memória e a sabedoria do povo - nossa arma contra a o desrespeito crônica à cidadania brasileira.

25 DE MAIO  (IN MEMORIAN )     
Poema publicado em 2004 no livro Mojepotara

Tenho saudade do meu velho pai.
Três anos que se foram
ou se foram três anos meus?
Meu pai que por minhas mãos
Foi levado até a fila da morte.
Filas de morte que freqüentamos nós brasileiros
por esse grande país de tantas filas grandes
a esperar com uma esperança que um dia virá festa.
E foi numa dessas filas grandes
de onde, seu anjo da guarda moreno, cansado de filas,
deve ter saído par bater pernas e braços,
deixando-o com o coração parado
esperando na fila dos cidadãos sem lastro.

DUALIDADE DA ROSA
Sueli Silva.e Adriano Pereira da Silva de Arcos, residentes em BH/MG


A rosa tem pétalas bonitas, sensíveis e cheirosas.
Mas o caule coberto de espinhos é forte e fere.
A delicadeza da rosa lembra aveludadas mulheres.
Porém a cor vermelha lembra o coração
onde habitam paixões fortes e poderosas.
Em todas as rosas, o mundo.
Eu, você, eternizados num só perfume.



“Efeito heróico à extrema esquerda”
Rogério Salgado ( Campos dos Goytacases - reside em Belo Horizonte/MG)                                  


Para Lecy Pereira Sousa
 
A esquerda de deus poesia
todo poderoso
de onde não julgará nem vivos
nem mortos
sobreviveremos na palavra
que atravessará os séculos
seculorium
amém.
 
Mantenha a cidade limpa
Marcos Assis – de Itaúna - reside em Belo Horizonte/MG

ê, é
sobrevoa a desordem num espaço multi dimensional
hiper-espaço hipertexto
a dimensão assimétrica
os prédios do centro de bh
o mana que escorre como cuspes no chão

os lugares são táteis mesmo quando gigantes
os prédios são férteis em memes mas sistemáticos não imagens
cerceam a desordem de arcângelos, poetas, chatos

os fascistas querem uma cidade estática
os donos querem uma cidade estática
os clientes querem uma cidade limpa
os fados, os fartos os indecisos vivem numa cidade estática
onde se acomodam

veem uma cidade estática não estética
em que se incomodam


O OVO

Clevane Pessoa de Araújo Lopes , radicada em BH/MG ( Rio Grande do Norte )

O ovo oferece universos
de mistérios e criações.
Do ponto menor que o lápis,
ovículo primordial,
morulam-se pontos de amoras
que serão.
Mórula de fascinantes indagações:
quem será o que ali se faz?
Nós,que nascemos a partir
de um ovo microscópico,
evoluímos dentro de outro ovo,
oval de água provedora,
líquido amniótico
que nos embala e protege,
devemos atentar
para os mistérios
desse fascinante Mistério maior.

Qual foi o Ovo onde Deus
se encolheu
para nascer?

O ovo ,princípio do povo,
é ainda princípio dos animais.
Fiquemos atentos:
do ovo nascerá a serpente ou o pássaro?
O crocodilo ou o dinossauro?
A avestruz ou o beija-flor?

A pedra é um ovo em cujo interior,
há cristais
e outras gemas...
O casulo,a ninfa,a pupa,
são ovos especiais.

Os olhos são ovos
que captam significantes e significados
e os remetem à cabeça...

Nossa cabeça é um ovo
em permanente gestação...


Pais e filhos
 Cida Araújo - Vespasiano (Do livro - Paralelos sociais)
Papai
Sempre te vi como um super-herói.
Eu era pequeno e frágil.
Um menino e um super-homem!
Teus abraços eram silenciosos.
Nada eu sabia de teus sentimentos.
Íamos ao parque, ao campo de futebol.
Rolávamos no chão como crianças.
E sem explicação desaparecias...
- Onde está papai?
Respostas evasivas:
-Trabalhando, viajando, morando em outro lugar...
Dentro de mim era só saudade!
E cada vez que te via regressar.
Meu coração saltitava de alegria!
Hoje cresci, sou um homem.
Também tenho dificuldade em expressar meus sentimentos.
Coloca tua mão em meus ombros.
Depois de juntos caminharmos
O silêncio ha de nos revelar o que vai ao coração.
Eu te amo papai! Perdoa-me por não te entender.
Eu te amo meu filho! Perdoa-me se te fiz sofrer.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

DESDOBRAMENTOS DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DO DIA 8/8/2011.

De acordo com boletim informativo do gabinete da deputada Luzia Ferreira, requerente da comissão que discutiu a implementação do CONSEC,  reproduzimos aqui parte da matéria publicada no Boletim Informativo - Ação Política - 9/8/2011.: 

"A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais vai sugerir ao governador Antônio Anastasia alterações no Decreto 45.652, de 2011, que dispõe sobre a composição do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais (Consec). Duas alterações, propostas a partir de audiência pública realizada nesta segunda-feira (8/8/11), pretendem mudar a composição do Conselho, que está para ser implementado. O assunto será votado nas próximas reuniões da comissão.
redação atual do decreto prevê que o Consec seja constituído por 11 representantes de diversos segmentos culturais da sociedade civil, escolhidos pelo governador a partir de lista tríplice, além de 11 membros do poder público. A sugestão é para que essa representação seja ampliada, considerando a extensão e diversidade cultural do Estado, composto por 853 municípios. Também será encaminhada proposta para que o governador referende a escolha dos representantes da sociedade civil indicando o membro mais votado da lista tríplice."

Valeu a presença da REDE CATITU CULTURAL! Agora vamos ver a eficácia e a força dessa comissão. Será mesmo que o Senhor governador esta sensível a causa da cultura? Fiquemos antenados, em permanente diálogo e atuação. Favor difundir informações sobre o tema. A hora é de muita moblização, sabedoria, ética e coração tranquilo. Tem mais peleja pela frente. "Vamos capintar juntos". Abraço do poeta Ricardo Evangelista. bh/mg 11/8/2011.
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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pós Audiência pública de Cultura - ALEMG dia 8/8/2011.

Particpamos, ontem, da Audiência Pública para implementação do - CONSEC -Conselho Estadual de Cultura que terá caráter deliberativo. Encontramos vários protagonista da cultura na cidade, mas percebemos a ausência de muita gente importante pra entrar nesse debate, afinal como diz mestre Guimarães Rosa :"Minas são muitas".
Represetando a REDE CATITU, estiveram presentes: Ricardo Evangelista ( Sarau Tropeiro ), Angela Lopes ( Viola Brasil ),Thiago Araújo ( Girafolia ) e nosso cineasta Daniel Porto. Nos informamos bastante e fizemos um papel, ness primeiro momento de ouvidor. Sabemos que já passou da hora de formar nosso conselho, e que (nós) mineiros, estamos muitíssimo atrasados em relação ao restante do país. Se não abrimos bem os olhos não receberemos os recursos do Sistema Nacioanl de Cultura, que exitge a implementação do conselho - e que é o grande problema do fianciamento público da produção da cultura no estado.. Trocando em míúdos:  a secretaria vai publicar uma convocação para todo o estado com todas as orientações para realizarmos a eleição do CONSEC. Fiquemos atentos, busquemos nos informar e nos organizarmos de maneira inteligente pra colocarmos representantes que defendam os interesses mais nobres da maioria da sociedade mineira: democratização efetiva dos recursos da cultura. Entidades representativas, OLHO ABERTO e SABEDORIA!!!!!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sarau Tropeiro na rádio Tropical fm 87, 9 dia 6/8/2011

foto acervo Sarau Tropeiro - na rádio tropcial fm 87,9 - 6/8/2011


foto acervo Sarau Tropeiro - na rádio tropcial fm 87,9 - 6/8/2011

foto acervo Sarau Tropeiro - na rádio tropcial fm 87,9 - 6/8/2011

foto acervo Sarau Tropeiro - na rádio tropcial fm 87,9 - 6/8/2011

foto acervo Sarau Tropeiro - na rádio tropcial fm 87,9 - 6/8/2011

Estivemos sábado, dia 6/8/2011, na rádio Tropcial fm 87,9. Conversamos bastante durante quarenta cinco minutos sobre nossos projetos, declamamos, tocamaos canções, falamos sobre cultura e cidadania na simpática companhia de Leo Dimalê, dona Glória e Roberto. Foi muito bom o bate papo. Valeu pessoal!!!. É só chamar que a gente solta o verso e a cantoria e as tropeirautices.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Decreto sobre composição do Conselho Estadual de Cultura MG

DECRETO Nº 45.652, DE 21 DE JULHO DE 2011.
Dispõe sobre a composição do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais – CONSEC.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90, da Constituição do
Estado, e tendo em vista o disposto nos arts. 123, 124 e 125 da Lei Delegada nº 180, de 20 de janeiro de 2011, DECRETA:

Art. 1º O Conselho Estadual de Política Cultural – CONSEC –, órgão colegiado de caráter consultivo, propositivo, deliberativo e de assessoramento superior da Secretaria de Estado de Cultura – SEC –, criado pelo art. 123 da Lei Delegada nº 180, de 20 de janeiro de 2011, é composto pelos seguintes membros:
I – pelo Poder Público, um representante:
a) da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais – ALMG; nos termos do § 6º do art. 125 da Lei Delegada
nº 180, de 2011;
b) da Secretaria de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais – SECCRI;
c) da Secretaria de Estado de Cultura – SEC;
d) da Secretaria de Estado de Educação – SEE;
e) da Secretaria de Estado de Fazenda – SEF;
f) da Secretaria de Estado de Governo – SEGOV;
g) da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG;
h) da Secretaria de Estado de Turismo – SETUR;
i) da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG;
j) da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, como membro convidado;
k) da Associação Mineira de Municípios, como membro convidado;
II – pela sociedade civil organizada, um representante do setor:
a) de Teatro;
b) de Museus e de Artes Visuais;
c) de Dança e Circo;
d) de Música;
e) de Produção Cultural;
f) de Arte Popular, Folclore e Artesanato;
g) das Entidades de Trabalhadores e das Entidades Empresariais;
h) de Patrimônio Histórico e Artístico;
i) de Literatura, Livro e Leitura;
j) de Audiovisual e novas mídias; e
k) de Design e Moda.
§ 1º Haverá um suplente para cada representante de que tratam os incisos I e II.
§ 2º Os membros do CONSEC, titulares e suplentes, serão designados pelo Governador do Estado, para mandato de dois anos, permitida uma recondução, sendo a designação dos membros do inciso I feita a partir da indicação de nomes pelos órgãos e, a dos membros do inciso II, na forma do § 3º.
§ 3º A designação dos membros do inciso II deverá observar o critério de representação formalizado em lista tríplice de nomes, nos termos do § 2º, do art. 125, da Lei Delegada nº 180, de 2011.
§ 4º A formalização da lista tríplice de que trata o § 3º far-se-á, para a primeira composição do CONSEC, pela SEC, a partir de edital de convocação de entidades artísticas e culturais, com funcionamento regular e registro formal há pelo menos dois anos no Estado.
§ 5º A SEC garantirá ampla divulgação do edital de convocação a que se refere o § 4º e concederá o prazo mínimo de vinte dias para o cadastro de entidades artísticas e culturais interessadas em participar de reunião, no âmbito de cada setor, para eleger nomes à formalização da lista tríplice, na forma definida no edital.
§ 6º A renovação dos membros do CONSEC dar-se-á por edital ou por conferência.
§ 7º A atuação no âmbito do CONSEC não enseja qualquer remuneração para seus membros e os trabalhos nele desenvolvidos são considerados de relevante interesse público.
§ 8º As disposições relativas ao funcionamento do CONSEC serão fixadas em seu regimento interno.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, aos 21 de julho de 2011; 223° da Inconfidência Mineira e 190º da Independência do Brasil.
ANTONIO AUGUSTO JUNHO ANASTASIA
Danilo de Castro
Maria Coeli Simões Pires
Renata Maria Paes de Vilhena
Eliane Denise Parreiras Oliveira

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

AGENDA AGOSTO/2011

Dia 06/8/2011:
11 às 12 h -  Sarau Tropeiro na RÁDIO TROPICAL 87,9 FM, Programa Talentos de Minas - com Léo Dimalé ( entrevista, música e poesia ao vivo), participação dos ouvintes. Fone: (31)36468200;

Dia 08/08/2011;
14 h- Sarau Tropeiro e Rede Catitu na Audiência pública - Implementação do Conselho Estadual de Cultura- teatro da Assembléia -ALEMG;

terça-feira, 2 de agosto de 2011

CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA

Audiência pública irá discutir regulamentação do Conselho Estadual de Política Cultural do Estado Minas Gerais, 8/8/2011 às 14h, teatro da ALEMG.

Temos vários projetos aprovados na estadual e todos sofremos para captar recursos. Precisamos, na minha opinião, pensar mudanças na lei ou aditivos para alterar valores e formas de finaciamento. Hoje o artista fica de pires na mão, peregrinando de empresa em empresa para conseguir patrocínio, e o que é pior, não consegue. Precisamos nos mobilizar para essa luta. Em breve escreveremos mais sobre reflexões de temas ligados às políticas públicas da cultura em Minas Gerais.Aguardem. E na segunda estaremos lá para acompanhar, participar e contribuir com o debate. Afinal são 41 anos de vida e peleja com poesia e dezoito anos  de dedicação ao trabalho no serviço público. Acho que temos algo a dizer.

Ricardo Evangelista, BH/MG 2/8/2011.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Qual é a mihha didática pra ensinar poesia? Reflexões sobre o fazer artístico

A história  tem detalhes e é dialeticamente complexa. São muitos anos batucando esse pandeiro brasileiro, "despencando da ladeira, na zoeira da banguela", meu caro. Salve Jackson do Pandeiro, Lenine e Drummond e Guimarães Rosa, Baudelaire, Pessoas, Ascenso Ferreira e Mário Quintana e Camões e cordéis e trovas e a cultura popular também. Precisei trilhar muitas milhas e continuo tropeirando por aí. Acredito que, talvez não saiba, para conseguir atrair a meninada, tive de revirar mundos e fundos e criar uma didática própria, criativa, agradável e que tenho aperfeiçoado ao longo desse anos, tendo por base muito amor e respeito à poesia, curiosidade, observação e estudo obstinado. Poesia é meu vício, meu alimento, minha necessidade, prazer e paixão e trabalho - labor, na essência da palavra. Acredito que é através de muita dedicação, pesquisa, leituras, investimento em livros, cursos, equipamentos, e a prática de falar poesia nas ruas, nas praças, bares e bordéis, nos palcos de Minas, Brasil e do mundo. Se dá também na construção de uma carreira de trabalhador do serviço público, que tem compromisso e faz diferença ( produtor, gestor cultural ), há 18 anos nas periferias de Belo Horizonte ( vetor norte ). Taí algumas pistas de aprender fazendo, É como faço para atrair a meninada de um modo interessante, uso das arte(i)manhas que só tem quem vive a poesia na alma e na calma, no silêncio dos dias sombrios. Tenho me dedicado obstinadamente ao estudo da arte da poesia, da música, do teatro, etc. ao longo dos meus 41 anos de idade e soma-se a isso, a formação e a experiência de professor ( formado em Sociologia na FAFICH/UFMG- 1995).
Acredito que seja tudo isso junto que me fez e me faz ter essa habilidade, né? O desenvolvimento da vocação pra estimular, influenciar, sensibilizar as pessoas pra arte poética é um longo caminho. Por isso não dá pra explicar assim tão simples e rápido, "fastfoodimente", sacou, meu irmão em poesia?
Vai a sugestão: visite nosso site, leia sobre nosso trabalho, veja vídeos, entrevistas, ações, projetos, e conheça um pouco sobre esse trabalho “missionário” de poeta. E se achar conveniente faça seus sábios comentários. O segredo: são  décadas de trabalho árduo. 

Ricardo Evangelista BH/MG -  01/8/2011.